Fim da Ordem dos Templários

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Em 1307, o monarca francês, Filipe IV, o Belo, com a anuência do papa Clemente V, procurava arranjar fundos suplementares para os seus gastos militares, tendo incidido a sua atenção naquela que era a instituição mais abastada de França – a Ordem do Templo.

Os Templários desempenhavam um papel de grande importância em França. Em 1291, quando Filipe IV foi confrontado com uma sublevação popular em Paris, refugiou-se nas instalações da Ordem do Templo. Eram eles que zelavam pelo tesouro real, pois tinham fama de ser excelentes administradores. O seu prestígio era de tal ordem que o próprio grão-mestre, Jacques de Molay, era padrinho do filho do rei.

Filipe há muito que tentava fundir as ordens do Hospital e dos Templários. Imaginava-se a si próprio, aliás, como o grão-mestre dessa grande ordem que ambicionava. Arrecadaria as respetivas riquezas e seria ele o monge-guerreiro que a poesia épica exortava a expulsar os muçulmanos de Espanha.

De Molay, porém, nem sequer queria ouvir falar numa fusão com a Ordem do Hospital. Pior: rejeitou, sem qualquer explicação, a candidatura de Filipe IV à Ordem dos Templários. O destino dos cavaleiros estava traçado, até porque um dos principais conselheiros do rei, Guillaume de Nogaret, não parava de lhe sugerir que a melhor forma de sanear as finanças era acabar com os templários e confiscar-lhes o fabuloso tesouro que possuíam.

O monarca teria de ser cauteloso. Os Templários tinham demasiado poder para fazer o que fez aos judeus, em 1306, quando os expulsou do reino e lhes roubou todos os bens, sob a acusação de sacrilégio e bruxaria. Pediu a Nogaret – que fora excomungado por ter tentado raptar o papa Bonifácio VIII – que arranjasse provas acerca dos crimes dos monges-cavaleiros.

Nogaret, graças aos falsos testemunhos apresentados por Esquin de Béziers (que tinha sido expulso da Ordem do Templo), apresentou ao monarca as "provas" de que este necessitava para acabar com os templários. A 13 de Outubro daquele ano, um

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