Fim da Monarquia no Brasil e início da República
No final da década de 1880, a monarquia brasileira acabou acumulando enormes desconfortos. Estava com os dias contados, já encontrava-se numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que, na prática, já não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais. Talvez a crise do sistema monárquico brasileiro possa ser explicada através de algumas evidências que são reconhecidamente motivadoras do surgimento das novas ondas da República, a saber:
- Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;
- Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam as notícias, verdadeiras ou falsas, de corrupção existente na corte;
-Os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas e comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais exercícios para as diversas manifestações de liberdade, com maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do Império;
- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Barões do Café
Na segunda metade do século XIX, o café já era o principal produto brasileiro de exportação. A maioria das fazendas de café localizava-se na região do Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo.
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