Filósofos
Anaximandro: acreditava que o princípio de tudo (arché) era o apéiron, isto é, uma matéria infinita da qual todas as outras se iniciam. Esse apéiron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal. Ele diz que o mundo é constituído de contrários, que se autoexcluem o tempo todo. O tempo é o "juiz" que permite que ora exista um, ora outro. Por isso, o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão dos opostos que "fere" a unidade do princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir.
Anaxímenes: afirmava ser o ar a sua substância primária, a partir da qual todas as outras coisas eram feitas. Quando o ar condensa, torna-se visível, como o nevoeiro e depois a chuva e outras formas de precipitação, e enquanto o ar arrefece, se formaria terra e posteriormente pedra. Em contraste, a água evapora em ar, que posteriormente por ignição produz chamas quando mais rarefeito.
Anaxágoras: Afirmava que o universo se constitui pela ação do Nous (inteligência). Segundo o filósofo, o Nous atua sobre uma mistura inicial formada pelas homeomerias (sementes que contém uma porção de cada coisa). Assim, o Nous, que é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais, age sobre estas sementes ordenando-as e constituindo o mundo sensível. Os fragmentos preservados versam sobre: cosmologia, biologia e per-cepção.
Leucipo e Demócrito: segundo a teoria atomística, só existem átomos e vazio. Significa também que nossos sentidos percebem uma realidade transitória, mutável, mas ilusória, porque mesmo que apreendamos as mutações