Filósofo
Helen Ferreira Nunes1 - Universidade Federal de Ouro Preto
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre o livro X de “Confissões” de Santo
Agostinho. Tentarei mostrar os pensamentos que ele percorre a fim de apresentar a Felicidade, procurando conhecer verdadeiramente a Deus. Neste livro, Santo Agostinho trata sobre a memória, mas dentro desse estudo me prenderei a traços da Felicidade e como atingi-la. Ele fala dos pecados que afastam da graça de Deus e consequentemente afastam da Felicidade que o ser humano tanto almeja. Fala também sobre a gula, a sedução do perfume, sobre o prazer do ouvido, as seduções que entram pelos olhos, a curiosidade, o orgulho, o louvor, a vanglória, o amor próprio e a inveja. Em cada ponto apresentarei comentários próprios.
Palavras-chave: Deus; conversão; Felicidade.
Confissões – Santo Agostinho
Neste trabalho tentarei mostrar os pensamentos que Santo Agostinho percorre a fim de apresentar a felicidade, procurando conhecer verdadeiramente a Deus.
O problema da felicidade constitui, para Agostinho, toda motivação do pensar filosófico. Uma das últimas obras que redigiu, a Cidade de Deus, afirma que “o homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade”. (AGOSTINHO, 1999, p.12)
A busca do homem pela felicidade não é algo atual, vem desde que ele se separou de Deus pelo pecado e com isso essa busca se tornou permanente, já que durante a vida na Terra os seres humanos carregam o pecado. O responsável pelo pecado é o livre-arbítrio da vontade humana, já que há liberdade para se escolher entre o Bem e o Mal.
O chamado decisivo que Santo Agostinho teve para conversão ocorreu nos jardins de sua casa, num dia qualquer de agosto de 386 da era cristã, onde ele se questionava sobre o sentido da vida. Escutou uma criança cantar como se fosse um refrão “Toma e lê, toma e lê”. Santo Agostinho se levantou de onde estava e encontrou em sua mesa um livro