Filosofias
"Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os gregos puseram a ser viço do seu problema último — da origem e essência das coisas — as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e causal o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo." (w. Jaeger. Paideia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 197.)
A Alegoria da Caverna é uma metáfora da condição do homem, em relação à educação e o conhecimento filosófico. Ela mostra o mundo de aparências em que nós vivemos o chamado mundo visível. E a partir daí entendemos que aquelas sombras mostram as coisas que vamos percebendo aos poucos, assim como as correntes que significam nossos preconceitos e opiniões, a nossa percepção da realidade. O prisioneiro que consegue escapar da caverna representa o filósofo, que a partir da luz da verdade consegue enxergar a realidade, usando como instrumento a filosofia.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis e o domínio das ideias. Para o filósofo, a realidade está no mundo das ideias, um mundo real e verdadeiro, assim o ser humano deveria procurar o mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta.