Filosofia
ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência.
São Paulo, Ars Poética, 1996:8-9
“O que as pessoas comuns pensam quando as palavras “Ciência” ou “cientista” são mencionadas? Faça você mesmo um exercício. Feche os olhos e veja que imagens vêm à sua mente. As imagens mais comuns são as seguintes: o gênio louco, que inventa coisas fantásticas; o tipo excêntrico, ex-cêntrico, fora do centro, manso, distraído; o indivíduo que pensa o tempo todo sobre fórmulas incompreensíveis ao comum dos mortais; alguém que fala com autoridade, que sabe sobre o que está falando, a quem os outros devem ouvir e… Obedecer. Estas são as imagens da ciência e do cientista que aparecem na televisão. Os agentes de propaganda não são bobos. Se usam tais imagens é porque sabem que elas são eficientes para desencadear decisões e comportamentos.
Agora invoco Rubem Alves, no seu livro Filosofia da Ciência que diz: “O cientista virou um mito. E todo mito é perigoso, porque induz o comportamento e inibe o pensamento”. Antes de tudo, é necessário acabar com o mito e que o