Filosofia

ÉMILE DURKHEIM (1858 – 1917)[1]

(a) Vida e obras • Nasceu no interior da França e formou-se em 1882, com 24 anos. • 1987 – 1902: lecionou pedagogia e ciências sociais em Bordeaux. • Publicou várias obras clássicas nesse período: Elementos de Sociologia (1889), A Divisão do Trabalho Social (1893), As Regras do Método Sociológico (1895), A Proibição do Incesto e Suas Origens (1896), O Suicídio (1897), A Sociologia na França no Século XIX (1900) e Algumas Formas Primitivas de Classificação, com Marcel Mauss (1902). • 1910: Durkheim transforma sua cátedra na Sorbonne (Universidade de Paris) em cadeira de sociologia, institucionalizando a sociologia como disciplina acadêmica. • 1912: publica sua obra mais significativa, As Formas Elementares da Vida Religiosa [8º na lista dos 10 livros mais importantes do Século XX feita pela Folha de São Paulo em 1999 ou início de 2000]. • Depois de sua morte, em 1917, foram publicadas inúmeras obras inéditas.

(b) O papel da obra de Durkheim • Foi uma espécie de criador da sociologia acadêmica e de um método particular de estudar sociologia que influenciou a sociologia americana e européia durante todo o Século XX – o chamado funcionalismo e seus desdobramentos (ver à frente). • Sua obra versa sobre a transição rural/urbano e os dilemas criados no Século XIX (conseqüências das revoluções Francesa e Industrial, bem como das revoltas operárias, etc.). Trata ainda dos problemas específicos da França (derrota na Guerra Franco-Prussiana de 1870, Comuna de Paris de 1871, Caso Dreyfuss dos anos 1890 e, mais no fim da vida, a França na 1ª GG). • Autores que o influenciaram: Saint-Simon (socialista utópico), Comte (positivista), Kant (racionalismo/idealismo/liberalismo), Herbert Spencer (modelos biológicos nas ciências sociais), Alfred Spinas (problema da consciência coletiva), Wilhelm Wundt (antropologia, estudo das religiões e culturas antigas) e socialismo de elite (não revolucionário). •