Filosofia
- Francis Bacon -
Longe da ideia de um pensador contemplativo, Bacon foi um atuante político. Desde muito cedo foi educado para a diplomacia e chegou ao mais alto cargos e honrarias nos governos de Elizabeth l e Jaime l, tornando-se Barão e Visconde. No entanto sua carreira foi abruptamente interrompida por uma acusação de corrupção. Bacon escapou da prisão, mas teve de abandonar seus postos políticos. E ai começou a carreira de pensador, incorporando a experiência e as reflexões sobre o período de intensa atividade política voltada para objetivos claros e práticos.
Esse espírito pragmático, proveniente de uma vida voltada para as questões políticas, jurídicas, de poder, levou o pensador inglês a afirmar que o conhecimento é como um espelho, que reflete a realidade, reproduzindo assim suas formas na mente das pessoas. Por isso antes de conhecer, é preciso polir esse espelho, afastando todas as suas deformidades. Caso contraria o conhecimento que a mente captará será igualmente deformado.
O que destacava Bacon entre os pensadores da época é a sua convicção de que o conhecimento deve servir a objetivos práticos. Essa convicção pode ser resumida na seguinte afirmação: saber é poder.
O conhecimento que interessava a Francis Bacon está associado ao experimento. Bacon acreditava que a experiência e o conhecimento derivado da experiência serviriam para melhorar a natureza, tornando-a útil para nós.
-Maquiavel-
Maquiavel viveu dentro da burocracia governamental de Florença, bem no meio desse caldeirão de contradições e tensões políticas e militares. Sua vida como representante de Florença o fez viajar muito e conviver com as autoridades mais importantes da sua época. Toda essa experiência, somada à formação intelectual acima da média, permitiram a Maquiavel discernir como ninguém as verdadeiras entranhas do poder e propor, em uma obra revolucionaria uma nova concepção de “espelho do príncipe”: uma verdadeira cartilha de como chegar ao poder e manter-se nele.