Filosofia
Aluno: Vanderlei de Souza Orientador: Prof. Ms. Antônio Ruzza A atividade que será desenvolvida tem como objetivo responder algumas das perguntas elencadas pela disciplina de Oficina de Elaboração de Material Didático em Epistemologia, correlacionando, sempre que possível, o pensamento de inúmeros filósofos com o anômalo protagonista do filme denominado de O Enigma de Kaspar Hauser, dirigido pelo cineasta alemão Werner Herzog. Optei para responder às perguntas selecionadas em conjunto, porque acredito que procedendo desta maneira terei a possibilidade de concatená-las, filosoficamente dizendo, com os filósofos que irão fornecer os subsídios necessários para a reflexão que será realizada, o que dará ao escrito, assim espero, um caráter sistêmico e unitário. Baseado em registros históricos, O Enigma de Kaspar Hauser apresenta um incomum episódio que se passou na Alemanha nas duas primeiras décadas do século XIX com uma pessoa que não se soube ao certo de que família descendia, e que, ao ser encontrada, após ter sido abandonada em uma floresta, esteve sob os cuidados de um “gentil” senhor, que fez opção em trancafiá-la no porão de sua casa durante os seus dezessete primeiros anos de vida. Um paralelo pode ser feito, ressalvado às devidas proporções, com a parábola da caverna de Platão: Hauser, assim como um dos prisioneiros da caverna, esteve trancado durante a quase totalidade de sua vida, como já assinalado, e no mesmo instante em que depara-se com a luz do sol, comparável àquele prisioneiro, mais que depressa fecha seus olhos e coloca-se numa posição de cúbito ventral, atitude esta que pode muito bem ser vista como uma reação de estranhamento e de incômodo diante da nova realidade que se descortina ante sua visão. Ora, a cena subsequente, quando Hauser é conduzido à cidade pelo senhor que o cuidou desde a infância a fim de ser entregue a uma das autoridades que lá se encontrava, é, sem dúvida, um momento