filosofia
Para que a reflexão seja filosófica é preciso que haja Criticidade. Crítica é a arte de julgar e de discernir o valor. Criticar é, portanto, ter o cuidado de, com rigor, saber estabelecer critérios. Ninguém faz crítica sem entender o contexto. Por isso que o espectador comum não pode fazer uma crítica elaborada de um filme - por exemplo, ele poderá até dar opiniões, mas não faz crítica, porque lhe falta o essencial: informações contextuais. Além da criticidade é preciso Radicalidade, ou seja, buscar a raiz, a origem e os fundamentos do problema. O conhecimento que não é radical, que não vai à raiz do problema, é ingênuo, ou seja, é a manifestação de uma consciência ingênua que é aquela que conclui tal como pensa, não provêm da realidade nem tem origens em ideias anteriores. É um conhecimento superficial que não esclarece e nem possibilita negação. Portanto, não é conhecimento filosófico. A reflexão filosófica é como a raiz de uma planta que se lança em busca de sempre maior profundidade. A terceira e última característica do pensamento filosófico é a Totalidade. A reflexão filosófica totalitária, não faz cortes no real a ser posto em crise, como faz a ciência. As ciências explicam partes do todo, enquanto que a Filosofia está interessada no problema em sua totalidade, sem fragmentação. Estas três características se interpenetram e constituem a própria reflexão. Ao pensar dialeticamente, o filósofo ser somente crítico, sem ser radical e vice-versa. E da mesma forma, não consegue abordar um problema, em sua totalidade sem nela incluir uma postura crítica e uma atitude radical. A Filosofia parte sempre do que já existe, critica, questiona, vislumbra possibilidades e outros modos de compreender o mundo. O ponto de chegada do ensina da Filosofia consiste na formação de mentes ricas de teorias, hábeis no uso do método,