filosofia
Para pensar um pouco sobre lógica é preciso, em primeiro lugar, conhecer alguns termos usados. A lógica tem como objeto de estudo a proposição, isto é, a atribuição de um predicado a um sujeito. A proposição é a forma de exprimir juízos feitos pelo pensamento. A sequência de proposições é um raciocínio.
Dito isso, as proposições são formadas por termos. Quando afirmamos que “João é homem”, essa proposição é a atribuição do predicado “homem” ao sujeito “João”. Os termos de nossa proposição podem ser caracterizados e foi o filósofo grego Aristóteles quem propôs a divisão dos termos em diversas categorias. Para ele, os termos podem ser divididos em dez categorias: substância, quantidade, qualidade, relação, lugar, tempo, posição, posse, ação e paixão (passividade). No nosso exemplo, “João” é a substância e “homem” é a qualidade.
As categorias, por sua vez, possuem outras classificações. A partir da qualidade, as proposições podem ser afirmativas ou negativas. Por exemplo: “João é homem” e “João não é mulher”. Do ponto de vista da quantidade, as proposições podem ser de três tipos: universais, particulares e singulares. Universais: “Todo João é homem” ou “Nenhum João é mulher”; particulares: “Alguns homens se chamam João” ou “Alguns homens não se chamam João”; e singulares: “Este homem se chama João” ou “Este homem não se chama João”.
Além disso, as proposições podem ser classificadas pela modalidade, sendo necessárias, não necessárias e possíveis. Se o predicado está contido no sujeito, como na proposição “O quadrado é uma figura com quatro lados”, a proposição é necessária. Se o predicado não está contido, como em “Nenhum quadrado é uma figura com três lados”, a proposição é não necessária.