filosofia
O legado da filosofia grega para o Ocidente europeu.
Entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico, demonstrativo e sistemático da realidade natural e humana, da origem e das causas da ordem do mundo e de suas transformações, da origem e das causas das ações humanas e do próprio pensamento, a filosofia é uma instituição cultural tipicamente grega que, por razões históricas e políticas veio a tornar-se, no correr dos séculos, o modo de pensar e de se exprimir predominante da chamada cultura européia ocidental, da qual, em decorrência da colonização européia das Américas, nós também fazemos parte – ainda que de modo inferiorizado e colonizado.
Dizer que a filosofia é tipicamente grega, não significa evidentemente, que outros povos, tão antigos quanto os gregos ou mais antigos que eles não possuíam sabedoria.
Quando se diz que a filosofia é grega, se quer dizer que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, a razão, a linguagem, a ação, as técnicas, completamente diferentes das de outros povos e de outras culturas.
Os principais traços que definem a atividade filosófica na época de seu nascimento:
Tendência a racionalidade, pois os gregos foram os primeiros a definir o ser humano como animal racional, a considerar que o pensamento e a linguagem definem a razão.
Recusa de explicações preestabelecidas e, por isso mesmo, exigência de que para cada fato seja encontrada uma explicação racional e que para cada problema ou dificuldade sejam investigadas e encontradas a soluções próprias exigidas por eles.
Tendência à argumentação e ao debate para oferecer respostas conclusivas a questões, dificuldades e problemas.
Capacidade de generalização, de mostrar capacidade de mostrar que uma explicação tem