Filosofia
Lopes, Júlio Mendes
Introdução
Devo, em primeiro lugar, agradecer à direcção do Instituto Superior João Paulo II pelo facto de ter recaído sobre mim a responsabilidade de conduzir este debate sobre algumas das figuras proeminentes do continente africano, sobretudo aquelas que mais se destacaram na luta pelas independências na segunda metade do século XX.
Em segundo lugar a formulação da temática sugere várias interpretações. Falar de figuras representativas em África é falar de toda uma plêiade de políticos, intelectuais, músicos, cineastas, escritores, missionários, pintores que contribuíram para a afirmação do continente africano. Se for esse caso então estaremos diante de um debate que levaria algum tempo para a sua abordagem. Se assim é gostaria de colocar algumas questões para entrarmos especificamente a temática central do nosso debate. Quem são essas figuras representativas e porque são? Se utilizarmos o critério da participação na luta pelas independências o leque é muito variado. Aqui podemos referir, brevemente, as figuras de Julius Nyerere da Tanzânia, Sekou Touré da Guiné-Conakry, Jomo Kenyatta do Quénia, Leopold Sedar Senghor do Senegal, Bem Bella da Argélia, Modibo Keita do
Mali, Kwame NKrumah do Gana, Mohamed V de Marrocos, Patrice Lumumba do
Congo Leopoldville, Abdel Nasser do Egipto, Nandi Azikwe da Nigéria, Félix Houphet da Costa do Marfim, Milton Obote do Uganda. Para as antigas colónias portuguesas teriamos Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Agostinho Neto, Holden Roberto,
Eduardo Mondlane, Uria Simango, Samora Machel, Amílcar Cabral, Aristides Pereira.
Como vemos a lista é enorme e teríamos que elaborar uma outra para falarmos dos intelectuais, cineastas, escritores, missionários e músicos que com o seu talento dão uma outra imagem do continente africano. Como foi sugerido seria de todo o interesse falar de uma figura africana e neste caso