filosofia
1 – Introdução A idéia do Cristianismo e sua busca pela filosofia tinha com pretensão ser ao mesmo tempo verdade teórica e informação prática da vida. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida", declara Jesus Cristo. A verdade é considerada como algo de absoluto e eterno, porque é verdade não somente humana mas também divina revelada. "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão". É também a informação da vida, o "caminho e a vida" é algo de absolutamente certo, conduz seguramente à "salvação". Com uma tal segurança não estava habituada a filosofia antiga. Não se apresentava ela como a encarnação do Logos e da eterna sabedoria mesmo, mas queria ser apenas amor da sabedoria.
De um modo geral a patrística é o nome atribuído à filosofia cristã no período compreendido entre o Século II ao VIII, baseia-se na construção doutrinária religiosas do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra as heresias. A patrística caracteriza-se pela indistinção entre religião e filosofia. A influencia dos primeiros padres católicos sobre a filosofia e a cultura da idade medieval foi enorme ao explicar e propagar as verdades que alicerçavam o cristianismo. Para os padres da Igreja, a religião cristã é a expressão íntegra e definitiva da verdade que a filosofia grega atingira imperfeita e parcialmente. Com efeito, a Razão (logos) que se fez carne em Cristo e se revelou plenamente aos homens na sua palavra é a mesma que inspirara os filósofos pagãos, que procuraram traduzi-la em suas especulações.
2 – Divisão da Patrística A Filosofia patrística é compreendida em três momentos distintos:
a) período de formação - vai mais ou menos até o séc. III, também chamado de apologética e é dedicado à defesa do Cristianismo contra seus adversários pagãos e gnósticos (Justino, Taciano, Atenágoras, Teófilo, Irineu, Tertuliano, Minúcio Félix, Cipriano, Lactâncio).
b) período do