Filosofia
De vez em quando se trabalha um pouco mais que o necessário à satisfação do "consumo" regular. Mas com maior freqüência, dentro do tempo normal de "trabalho", se produz algo que transborde o necessário. Esta é, em geral, a parte das solenidades, das festas, dos rituais, dos presentes, das destruições ostentatórias, das manifestações políticas, da hospitalidade... e o significado desse algo mais nunca é acumular, investir. Há aí, portanto, uma grande diferença em relação à nossa atitude oficial para com o trabalho. Mas não há, ao mesmo tempo, algo que intimamente invejamos? Algo com coloração de sonho, para nós, que mais ou menos reservadamente trabalhamos de olho na hora da saída, no fim de semana, no feriado prolongado, nas férias, na aposentadoria? RODRIGUES. José Carlos. Antropologia e comunicação: princípios radicais. Rio deJaneiro: Espaço e Tempo, 1989. p. 101. Trabalho e ócio no mundo greco-romano
Em Atenas, na época clássica, quando os poetas cômicos qualificavam um homem por seu ofício (Eucrates, o comerciante de