filosofia

“A Fuga”
Aconteceu naquela tarde, sábado, Rio do Sul, eu e mais dois amigos combinamos de sair em um bar para tomar uma cerveja, conversar, então fomos ao bar, tomamos algumas cervejas e conversamos sobre garotas, futebol, carros, sobre varias coisas e continuamos bebendo, conversamos por mais uma hora e então resolvi ir embora, eu estava meio bêbado, mas não imaginei que iria ter uma blitz policial domingo a tarde em Rio do Sul.
Quando estava chegando perto da sinaleira da catedral, lá estava uma blitz, eu só torci para não ser parado, mas como estava sem cinto, um guarda me mandou encostar, os documentos do meu carro estavam atrasados e sabia que ele seria apreendido, além de que eu estava bêbado peguei e não parei, acelerei, derrubei os cones e segui em frente, na mesma hora já vi pelos espelhos retrovisores os policiais entrando nas viaturas e saindo atrás de mim, continuei indo, furei os semáforos e fui em frente, continuei fugindo, o carro da policia tentou bater em mim pra eu parar, mas mesmo assim persisti, continuei até que peguei a BR 470 que poderia ser até chamada de “rodovia da morte” de tantos acidentes com vitimas fatais, mas continuei mesmo assim para tentar fugir da policia, pois agora que já tinha tentado fugir uma vez se eu desistisse e me entregasse sabia que iria ser pior ainda, quando estava passando em frente ao pólo têxtil, um ônibus saiu do pátio e percebi que não daria de parar, a minha vida passou diante de meus olhos no momento que eu ia bater no ônibus, então fui acordado pela minha mãe para ir para aula pois estava atrasado.
Mesmo ainda tendo catorze anos, com este pesadelo aprendi que quando for maior de idade tenho que pensar muito antes de fazer as coisas e também não dirigir após beber e nem andar com o carro ilegal porque mesmo sendo um sonho sabe-se que isso acontece todos os dias no mundo inteiro.

Rio do Sul 02/09/2013, Henrique Ledra e Pedro Bittencourt Barboza