O Cristianismo O fundamento do cristianismo consiste na vida e o no exemplo de Jesus Cristo. O cristianismo, desde o início de sua constituição, apresentou uma variedade de interpretações e de visões do mundo. Tendo se penetrado no mundo Romano que até então se achava coberto pela filosofia grega o que levou a uma comparação entre a visão de um mundo cristão e o pensamento dos filósofos gregos. Com o passar dos séculos a filosofia grega começou a ser utilizada pelo cristianismo como apoio para a afirmação da própria religião cristã. Este apoio só seria legítimo se estivesse nos limites da verdade da religião. Com o passar dos anos a filosofia grega que ainda vivia no mundo, começa a ser utilizada como substrato de apoio para a afirmação da própria religião cristã. Como o cristianismo a princípio se constitui como uma religião e não como um pensamento filosófico, buscou-se na filosofia um apoio no que tangia aos limites da verdade da religião. Há uma diferença fundamental entre o cristianismo e a filosofia grega: para esta a verdade deve ser buscada livremente, o amor ao saber leva o filósofo a especular sobre tudo, possuindo assim a filosofia um caráter zetético. Já para o cristianismo há uma verdade revelada, oriunda de Deus, que não pode ser criticada e nem indagada, possuindo assim o cristianismo um caráter dogmático. Com relação à justiça e a religião podemos dizer que é através do cristianismo que ficou marcada a lição de justiça, que surgiu com a própria vinda exemplar do Cristo em sua missão de esclarecimento acerca do justo e do injusto. Com relação aos relatos apostólicos de interesse para o estudo da justiça, um dos que podem ser ressaltados reside no fato de que o mundo passará, as coisas, as pessoas, as civilizações, as igrejas, os sábios... Mas a palavra não passará. No que se concerne a Lei divina pode-se afirmar que ela é universal, inexorável, perene e irrevogável. O cristianismo promove um grande deslocamento do eixo da racionalidade