Filosofia
A busca pela interpretação do ser tem sua origem desde os filósofos clássicos. Na arrancada grega para encontrar uma interpretação a seu respeito, originaram-se certos preconceitos que acabaram por levar ao esquecimento do ser. Primeiramente, a concepção de que o ser é o conceito mais universal e mais vazio, resistindo a qualquer tentativa de definição. Depois, de que o ser se articula de maneira conceitual segundo gênero e espécie, sendo que a “universalidade” do ser “transcende” toda a universalidade genérica. Por fim, de que o ser é um conceito evidente por si mesmo, uma vez que em todo conhecimento enunciado ou relacionamento com os entes e até mesmo no relacionamento consigo mesmo, faz-se uso de ser.
A essa visão Heidegger faz uma crítica, pois tal pensamento causou dificuldades para se fazer um estudo a respeito do ser. Como conseqüência, observou-se o esquecimento do ser, o qual Heidegger propõe resgatar.
A busca presente nesse questionamento não é algo que seja totalmente desconhecido, mesmo que num primeiro momento seja algo inapreensível. Pergunta-se pelo ser, o qual determina o ente como ente, pois ele se encontra compreendido em qualquer discussão que se faça ou venha a fazer. Porém o ser dos entes não é em si mesmo um outro ente.
Essa questão é fundamental, pois visa às condições a priori de possibilidade não só das ciências que realizam pesquisas sobre os entes, e que ao realizá-la se movem na compreensão do ser. A questão sobre o ser aponta para as condições de possibilidade presente nas próprias ontologias que antecedem e fundam as chamadas ciências ônticas.
A investigação ontológica que se compreende