filosofia
INTRODUÇÃO
Por que Sócrates é considerado o “patrono da filosofia”? Talvez seja porque ele jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade e com as crenças mantidas inquestionáveis pelos seus conterrâneos. Em suma, Sócrates desconfiava das aparências e procurava a realidade verdadeira das coisas.
Sócrates andava pelas ruas de Atenas questionando as pessoas: “O que é isso que você está fazendo?”, “O que é isso que você está dizendo?”. Os atenienses achavam, por exemplo, que sabiam o que era a justiça. Sócrates lhes fazia perguntas de tal maneira que, embaraçados e confusos, chegavam à conclusão de que não sabiam o que era a justiça. Os atenienses acreditavam que sabiam o que era a coragem. Com suas perguntas incansáveis, Sócrates os fazia concluir que não sabiam o que era a coragem. Os atenienses acreditavam que sabiam o que era a bondade, a beleza, a verdade, mas um prolongado diálogo com Sócrates os fazia perceber que não sabiam o que era aquilo em que acreditavam.
A pergunta “O que é?” era o questionamento sobre a realidade essencial e profunda de uma coisa para além das aparências e contra as aparências. Com essa pergunta, Sócrates levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser, entre mera crença ou opinião e verdade.
Desta forma, Sócrates auxiliava as pessoas a libertarem suas mentes das meras aparências, e as direcionava à buscar a verdade, mas também o conhecimento interior: “conhece-te a ti mesmo”. Nesta mesma linha de raciocínio, Sócrates chegou a conclusão da importância da atitude crítica e emendou, dizendo que só estaremos aptos a conhecer a verdade, sendo críticos com nós mesmos, reconhecendo a nossa ignorância: “Só sei que nada sei”. Daí, mais tarde, chega-se à conclusão que a filosofia está voltada para os momentos e situações críticas.
PERÍODO SOCRÁTICO OU ANTROPOLÓGICO
Sócrates deu origem a um importante período da filosofia grega, chamado período Socrático ou