filosofia

864 palavras 4 páginas
O pensamento pedagógico antiautoritário

Na primeira metade do século XX, sob a influência do pensamento pedagógico socialista e o da Escola Nova, surgem visões educacionais que Gadotti (2008) classifica como expressões de um pensamento pedagógico antiautoritário, que incluiu tanto educadores de inspiração liberal como marxistas. Essa corrente se inspirou profundamente na psicanálise , um conjunto de concepções sobre a psique humana e de métodos para abordá-la elaborado por Sigmund Freud, especialmente em duas idéias: a da transferência , que levou alguns pedagogos a refletirem sobre a importância da relação interpessoal entre educador e educando, e a da repressão que – na visão de Freud – a sociedade e a escola exerciam sobre a sexualidade infantil , gerando desequilíbrios psíquicos que se perpetuariam na vida adulta. Segundo o pai da psicanálise, os processos educativos estavam concebidos para modelar as crianças segundo normas, valores e modelos de comportamentos repressivos elaborados pela civilização ocidental, o que as obrigava a abrir mão de impulsos naturais para conformar sua psique a exigências culturais e morais impostas pelos adultos. Em contraposição a esse modelo, Freud apontou a necessidade de se pensar em práticas educativas anti-repressivas e que respeitassem as tendências naturais das crianças. Um dos educadores mais radicais da corrente pedagógica antiautoritária foi o espanhol Francisco Ferrer Guardia, considerado o pai da escola racional e libertária, que se destacou por ser o mais duro crítico da educação tradicional. Ferrer acreditava na educação como instrumento de emancipação do homem das injustiças sociais e de construção de uma sociedade igualitária. Defendia a coeducação, um modelo de escola igualitária que não distinguia entre sexos e classes sociais: em sua visão, essa convivência contribuiria para forjar nas novas gerações um sentimento de igualdade, quebrando os preconceitos de gênero e de classe.

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