Filosofia
Escreveu poesia lírica, satírica e religiosa. Suas poesias satíricas possuem um ótimo material do ponto de vista sociológico e lingüístico (já que o autor usava um vocabulário bem popular). Nelas o escritor narra episódios da vida popular, cotidiana e política. Através delas podemos conhecer melhor a sociedade da época (período colonial). Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus" 4 ). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.
Gregório nasceu em uma família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos (seu pai era português, natural de Guimarães). Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era tecnicamente portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Todos que nasciam antes da independência eram luso-brasileiros.
Entre seus grandes poemas está o "A cada canto um grande conselheiro", no qual critica os governantes da "cidade da Bahia" de sua época. Perto de seu fim, Gregório de Matos expressou culpa e arrependimento no que concernia a sua relação com a Igreja Católica. Através de suas obras "Buscando a Cristo" e "A Cristo N. S. Crucificado", o autor está dividido entre pecado e virtude (sente culpa por pecar e busca a salvação), o autor vê o pecado como um erro humano, mas também, como a única forma de Deus cometer o ato do perdão.
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar a cabana, e vinha,
Não sabem