filosofia

1805 palavras 8 páginas
Estética

Com Alexander Baumgarten (1714-1762), a palavra “Estética” (deriva do grego aisthesis, sensação) tomou o sentido atual de “teoria do belo”. Desta forma, a interrogação que surge em primeiro lugar, na Estética, é saber a essência do belo, que é seu objeto. Se começarmos pelos gregos, vemos que Platão e Aristóteles identificaram o belo com o bom. Na Idade Média, o belo esteve em plano secundário, e, nesse plano, chegou até Kant. Com Baumgarten, ainda, o belo era como uma espécie de perfeição confusamente concebida. Com Kant é que se pode estabelecer a distinção entre estética subjetiva e estética objetiva , cuja divisão marca a predominância da idéia fundamental, como já veremos. Para a estética subjetiva, que é uma estética psicológica, o belo está no homem, é o subjetivo. O belo não está nas coisas, está no homem. É ele que o empresta ou dá as coisas. E como a natureza humana é mais ou menos homogênea em todos os homens, estes podem sentir igualmente a beleza, quando a imaginação se harmoniza com o entendimento. Então chamamos esse objeto, que consegue provocar tal estado, de belo. É a forma do objeto que o nosso juízo estético se refere, porque é ela que suscita em nós o jogo harmônico do entendimento e da imaginação. Mas essa forma não foi feita com o fim de que a encontremos bela. A forma do objeto não é uma finalidade, pensa Kant. É nossa subjetividade que realiza essa harmonia, que permite que o chamemos de belo. Depois de Kant, a estética subjetiva concebeu o belo como uma vivência, e nessa posição é a predominante até os dias de hoje. No entanto, poder-se-ia fazer a seguinte pergunta: se o belo é um ato objetivo, como se explica que só alguns objetos o provoquem? Nesse caso, é preciso admitir que o objeto tem em si alguma coisa que provoca a emoção estética do belo, do contrário todos os objetos seriam capazes de provocar essa vivência. Logo, deve

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