Filosofia
As concepções contemporâneas de democracia aluna: Juliana Nonato Corrêa semestre: 1o / 2011
Introdução
O presente texto visa revisar, ainda que superficialmente, o conceito de democracia na ciência política contemporânea. Para que possamos entender o desenvolvimento do conceito na atualidade, também tratamos dos direitos (civis, sociais e políticos), intimamente relacionados ao desenvolvimento da democracia. Após a exposição das diferentes concepções haverá uma breve discussão sobre a democracia no Brasil e a possível emergência de uma nova cultura política no país. As bases para a concepção da democracia estão comumente associadas aos ideais de igualdade e liberdade entre os membros participantes, os cidadãos, já desde a Grécia e Roma antigas. No entanto, a difusão do sufrágio universal no século XX e a associação de regimes democráticos com economias de mercado colocam em questão a aplicação de tais ideais na sociedade contemporânea. Assim, uma preocupação dos autores será a de estabelecer parâmetros e métodos de “medir” o quão democrático um regime é de fato, e, como esses regimes irão funcionar, deste modo, os textos permeiam uma discussão sobre o exercício dos direitos e da cidadania nas democracias.
Na atualidade notamos que, de modo geral, não se fala em democracia, como um conceito estático e definido, mas sim de “democracias”, no plural. Como afirma Dahl, percebemos hoje tipos diversos de constituições democráticas, com características semelhantes, entretanto, que na prática, funcionam de maneira distinta.
A doutrina clássica
Das definições atuais de democracia podemos começar relembrando a chamada “doutrina clássica”, surgida no século XVIII e ganhando força durante as Revoluções Liberais, nas quais a burguesia atrás de seus interesses, adepta de uma filosofia utilitarista e liberal, colocava em questão os regimes monárquicos em vigor. Lembrando as reivindicações da