filosofia

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Para Aristóteles, ninguém pode ter garantido seu próprio bem sem a família e sem alguma forma de governo. Para Aristóteles os indivíduos não se associam somente para viver, mas para viver bem, e a política divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis).

Para Aristóteles os homens devem se unir por um vinculo comum, relacionando-se pela amizade e justiça, isto é, por um vínculo afetivo. Para ele a amizade mantem as cidades unidas, quando existe amizade a justiça não se faz necessária e considera que a mais genuína forma de justiça é uma espécie de amizade.

Aristóteles não pensa que a cidadania é um privilégio automático concedido a alguns em virtude de seu nascimento. A pergunta mais importante para Aristóteles não é: “quem pode ser cidadão?” e sim: “o que o cidadão pode fazer?” Para ele “cidadão é aquele que participa dos poderes do Estado”. Quer dizer, para ser membro da comunidade política não basta morar num país. É preciso possuir um poder de intervenção no Estado. Quais poderes? O povo governa, legisla e julga diretamente. Quem só obedece não é cidadão. Ser cidadão é obedecer e mandar. Para isso depende do tipo de governo que existe num Estado. Aristóteles divide os tipos de governo em dois grandes grupos: os que governam em favor de interesses privados (do tirano, dos ricos ou da massa) e os que governam em favor do bem comum. Os primeiros são injustos e os últimos são justos. Somente é possível ser cidadão neste segundo, pois quando se governa em favor dos interesses privados, todo poder está concentrado nas mãos de quem controla o Estado. Aristóteles não reconhece o direito de cidadania há algumas classes, no entanto, dois mil e quinhentos anos depois, quanto nós avançamos? Além de acabar legalmente com a escravidão (de fato ela continua existindo entre nós em muitos lugares), somente incluímos as mulheres. A lição que

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