Filosofia - A pessoa absoluta
“Verdade e Bem, no entanto, são noções transcendentais intimamente articuladas, logicamente conversíveis à noção de ser.” (VAZ, 2013 p.238).
Para Vaz, a Verdade e o Bem são correlativos ao Ser e essa correspondência passa a constituir o entrelaçamento do pensamento metafísico.
“A raiz do esquecimento do ser deve ser buscada, segundo Lima Vaz (2013, p.239), na edificação de uma nova metafísica.”
Para Lima Vaz o homem precisava buscar mais o conhecimento da essência das coisas, ou seja, uma nova metafísica. E esse novo modelo de metafísica abandonaria a noção analógica do ser e possibilitaria o rápido desenvolvimento da racionalidade técnico-cientifica.
“O absoluto se constitui essencialmente como “Resultado, que apenas no fim é o que é na verdade.”” (LOTZ, 2013 p. 241).
No texto acima Lotz mostra que embora o resultado seja simples, o Absoluto precisa dos momentos evolutivos finitos para conseguir ser totalmente sim mesmo.
Para Lima Vaz (2013, p. 245), a experiência religiosa “se apresenta como a experiência total, que reúne na sua simplicidade todos os níveis precedentes”. Ela “assume e conduz ao amadurecimento todas as experiências parciais.”
Lima Vaz via na experiência religiosa o nível mais elevado da experiência transcendental (experiência sublime). Para eles nela todos os níveis da experiência estão articulados, pois ela se constitui como fundamento último da experiência que fazemos de nosso próprio ser.
De acordo com Lima Vaz (2013, p.249), “assim como a mistica especulativa é uma mística do conhecimento – saber e contemplação, gmosis e theoria – e a mística mistérica é uma mística da vida – assimilação e divinalização, homoíoses e theíoses -, a mística profética é uma mística da audição da Palavra – fé e caridade, pístis e ágape.”
Nesse trecho Lima Vaz fala sobre os tipos de místicas e destaca a mística profética que nasceu em solo propriamente cristão e que é uma mística da audição da palavra.