Filosofia segundo cassirer
Para Cassirer, o que difere os seres humanos do restante dos animais é a linguagem. Os humanos são seres simbólicos, têm a compreensão do que os ocorre e a partir disso criam uma resposta ao acontecimento. Os outros animas, usam sinais e a partir de sua capacidade relacional prática, respondem a estímulos. Alguns animais, como chimpanzés, possuem a capacidade de agrupar objetos através da percepção de suas semelhanças físicas. Entretanto, embora a complexidade desses estímulos seja superior a dos estímulos recebidos pelos demais animais, ela não faz do chimpanzé um ser simbólico, pois uma vez que a função de um objeto com certa característica física é trocada, ele não tem a capacidade de se reorganizar e reagrupar os objetos.
Ao citar o exemplo de Helen Keller, que nasceu cega, surda e, portanto, muda, Cassirer quis provar que o sistema simbólico é o centro de criação da linguagem e o diferencial entre os humanos e o restante dos animais. Estes, por não possuírem esse sistema, jamais teriam a capacidade de associar nomes às experiências sensoriais vividas, como aconteceu com Helen Keller, quando entendeu que a água que caía sobre ela no banho era a mesma substância que saía da torneira, ou a mesma de um copo d'agua. Tomando como base o caso de H. Keller, pode-se dizer que o processo para se obter o conhecimento do mundo em humanos independe da qualidade dos seus sentidos, pois estes além de subjetivos, não geram conhecimento simbólico. A exemplo disso pode-se citar as aves e os cães que possuem visão, olfato e audição muito mais apurados do que o dos humanos e, no entanto, não possuem linguagem.
A capacidade relacional simbólica vai muito além dos sentidos. Os sentidos enganam como ilusão de óptica. Afetam a percepção e interferem na