filosofia politica medieval
A filosofia política da Idade Média foi influenciada pela filosofia grego-romana, pela religião cristã e pelo islamismo. Ela reforça a concepção geral de uma ordem divina do mundo, que contribui para a realização de uma ordem civil desigual. E tem como princípio fundamental a citação de Paulo: "Todo o poder vem de Deus".
A filosofia política deseja obter a unidade da Cidade. Ela estabelece a necessidade de distribuir essas partes entre as quais: os padres rezam pelo povo, os príncipes o governam, os cavaleiros o defendem. Ela explica que cada um deve realizar a sua tarefa. Quanto ao rei tem em seu reino o lugar que Deus tem no universo e alma no corpo, dirige o povo. O poder maior cabe à Igreja, que constituindo o papado, torna-se uma força política ainda maior.
Entre os séculos XVI e XVIII surge uma teoria monárquica de direito divino, na qual o rei-legislador ganha um poder que vem diretamente de Deus. Essa nova filosofia política dá ao rei total poder da Igreja. O rei é considerado sagrado e ninguém poderia se sobrepor a seu poder, que não pode ser executado sem regra: a lei divina prescreve-lhe deveres aos quais ela deve limitar-se sob pena de passar por um tirano. Os decretos divinos ensinam a legitimidade e a justiça, porque Deus o quer.
O poder, na Idade Média, alternava entre os clérigos e o reis, mas sempre presos a divindade: Deus concede a primazia ao padre ou ao rei; o povo veio para obedecer.
Alguns Filósofos dessa época:
Santo Agostinho (354 - 430) Obra: As Confissões, A Cidade de Deus
Escoto Erígena (830 – 880) Obra: Da Predestinação, Da Divisão da Natureza
Santo Anselmo (1033-1109) Obra: Monológico, A Verdade
Abelardo (1079 – 1142) Obra: Introdução à Teologia, Ética
Santo Alberto Magno (1193-1280) Obra: Suma de Teologia
Tomás de Aquino (1225 - 1274) Obra: Suma Contra os Gentios, Suma Teológica
Mestre Eckhart (1260 – 1327) Obra: Sobre o Desprendimento, Livro da Divina Consolação
Nicolau de Cusa