FILOSOFIA PARA PRINCIPIANTES 2015
Ao ouvirmos a palavra “filosofia” imaginamos, muitas vezes, estar diante de um conjunto de teorias sem sentido, sem relação com o cotidiano. Alguns dirão: “A filosofia é coisa de louco” ou “é coisa de gente que não tem mais nada o qu cdfe fazer”. Estaria mesmo a filosofia distante do cotidiano? Seriam os filósofos seres lunáticos preocupados com coisas absurdas? O que teríamos a ver com a filosofia?
Começaremos a examinar o cotidiano como nos propõe Marilena Chauí, em seu livro “Convite à Filosofia”: Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas ou situações. Fazemos perguntas como” que horas são ou que dia é hoje?“.
Esta pergunta sustenta uma crença: a crença que o tempo existe e pode ser medido. Assim como afirmações do tipo “A professora foi injusta” traz em si a crença em nossa idéia de justiça. No entanto, nunca paramos para indagar o que entendemos por “tempo” ou “justiça”. Acostumados com o cotidiano, deixamos nossas idéias e crenças sem fundamentação e vamos aceitando o mundo como se ele fosse óbvio em si mesmo.
A Filosofia começa quando nos propomos a investigar o mundo, o homem e seus valores. Assim, afirma Marilena Chauí, a primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?”, poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, os valores de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-las sem antes haver investigado.
Para que Filosofia?
Essa é uma pergunta bastante comum quando a Filosofia aparece na escola. Mas não vemos ninguém perguntar para que Matemática, Biologia ou Educação Física! A não ser quando não atingimos o conceito desejado nestas disciplinas. Mas todo mundo acha natural perguntar para que Filosofia!
Talvez porque achamos o Filósofo um ser estranho, com a cabeça no mundo da lua, dizendo coisas que ninguém entende. “Papo cabeça” demais que não serve para nada. “Não servir para nada” é uma afirmação que merece ser analisada.
O que serve em nossa