Filosofia no direito

Filosofia? Filosofia do Direito? Pra que servem?

Ingressei na Faculdade de Direito e o meu objetivo é conhecer as leis, saber interpretá-las, conhecer e desenvolver as teses jurídicas mais atuais para poder, futuramente, ser um competente promotor de justiça, um juiz respeitado pelas decisões que proferir, um brilhante advogado, um delegado dinâmico e renomado... Por que, então, aprender Filosofia e, mais especificamente, Filosofia do Direito?

Bom, inicialmente, passemos à análise de algumas questões do nosso dia-a-dia que, a princípio, parecem um pouco distantes. São elas:

- imaginemos uma criança que não tira boas notas na escola. Propomos a ela um pagamento pelas boas notas alcançadas, a fim de que ela possa se sentir motivada a estudar e a ler mais livros. O que de fato acontece. O que você acha?

- você adquire e faz uso de um plano de saúde pagando religiosamente a mensalidade pactuada. Muito saudável, a sua utilização é mínima, apenas alguns exames de rotina. Num belo dia (ou péssimo dia!) você precisa consultar um médico que, apesar de devidamente credenciado, lhe exige um pagamento pelo atendimento. O que você acha?

- objetivando dirimir os custos com a saúde pública em relação à doenças da obesidade e suas conseqüências, o governo direciona recursos a incentivos monetários para conseguir que as pessoas percam peso. O que você acha?

- centenas de milhares de bebês são trazidos ao mundo por mães viciadas em drogas. Barbara Harris, fundadora da organização Project Prevention, sediada na Carolina do Norte, tem para o problema uma solução inspirada no mercado: oferecer às viciadas 300 dólares se aceitarem ser esterilizadas ou se submeter permanentemente ao controle de natalidade. Mas de três mil mulheres aceitaram a proposta desde o lançamento do programa, 1997. O que você acha?

- adepto a uma religião para desenvolver-se espiritualmente, você, desprovido de uma condição financeira abastada, mas muito fiel aos dogmas e rituais