Filosofia moderna
Com a desintegração do feudalismo na Europa a partir do século XII, começa a surgir um novo sistema econômico e social: o capitalismo. E, também, uma nova classe social começa a se desenvolver e a ganhar importância: a burguesia. Esse período histórico chama-se História moderna, e vai do século XV ao século XVIII. As principais características desse período são: Predomínio do capitalismo comercial, centralização do poder do Estado nas mãos de um rei, Criação de um sistema colonial principalmente na América, desenvolvimento progressivo do trabalho assalariado e a diminuição da importância e poder da Igreja Católica e das ideias religiosas.
Na Idade Média europeia a religião Católica era base do pensamento, do conhecimento e da legitimação do poder e da vida social. A fé e a revelação eram o fundamento do pensamento religioso.
Com o Renascimento (séculos XV-XVI), o homem é posto no centro do universo, o que coloca em questão o pensamento teocêntrico religioso anterior.
Com o surgimento da Reforma Protestante (século XVI) há um questionamento dos dogmas da Igreja Católica e também uma quebra da unidade religiosa. Começa a nascer então o pensamento moderno. Ao critério exclusivo da fé e da revelação, o indivíduo moderno opõe o poder da razão.
Surge então um pensamento crítico que questiona a autoridade religiosa. Uma das características do pensamento moderno justamente é o racionalismo, só a razão é capaz de levar ao conhecimento, e uma das suas principais preocupações é com o método. O método sempre foi objeto de discussão dentro da filosofia, mas não com tamanha intensidade como no século XVII .
O pensamento antigo e medieval partia da realidade inquestionável do objeto e da capacidade humana de conhecer esse objeto. Na época moderna, o problema não é saber se uma coisa existe ou não, mas se nós podemos conhecê-la. O pensador moderno começa duvidando de tudo. É na descoberta da subjetividade que se move toda a epistemologia moderna