filosofia da linguagem
O tema da Filosofia da Linguagem ganhou força no século XX com o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein [1889-1951] que, com sua obra, o Tratado Lógico-Filosófico, de 1929, sustentara aquela que seria a sua tese fundamental: a função da linguagem é descrever a realidade, porque em rigor nada pode ser dado fora da linguagem. Por Filosofia da Linguagem entende-se o ramo da filosofia que estuda a essência e natureza dos fenômenos lingüísticos. Ela trata, de um ponto de vista filosófico, da natureza do significado lingüístico, da referência, do uso da linguagem, do aprendizado da linguagem, da criatividade dos falantes, da compreensão da linguagem, da interpretação, da tradução, de aspectos lingüísticos do pensamento e da experiência. Trata também do estudo da sintaxe, da semântica, da pragmática e da referência. A investigação filosófica da linguagem pode ser encontrada já nos textos de Platão, Aristóteles e autores estóicos. Desde a Escolástica de Tomás de Aquino, que via na linguagem um instrumento de comunicação dos conceitos e de Guilherme de Ockham, que via na linguagem nominal a substituição dos mesmos, via-se em filosofia uma importante retomada da análise da linguagem. Do termo latino sermo, onis, deriva o sentido de linguagem, ou seja, modo de expressão por meio de sinais intersubjetivos que permitem a comunicação, embora sua origem etimológica esteja em lingua, ae. Aqui tomamos Filosofia da Linguagem para significar, em Tomás de Aquino, o estudo dos sentidos com que os conceitos são significados pelos nomes.
Texto
Fenomenologia e Linguagem
Por José Maurício Fonzaghi Mazzucco do livro Cacos
O problema da linguagem merece sempre um enfoque filosófico. Passo então a expor a concepção de linguagem de três filósofos, lembrando que não é minha intenção oferecer ao leitor um adequado conhecimento sobre eles. O pouco aqui relatado estará muito aquém de uma superficial noção de seus fecundos pensamentos.
O filósofo