filosofar

381 palavras 2 páginas
Agostinho passa a escrever páginas memoráveis sobre o tempo e a memória. As perguntas que os incrédulos de todos os tempos fazem sobre o que Deus fazia antes de criar o mundo são respondidas de uma maneira que até hoje nos impressionam. Deus não fazia nada antes de criar o mundo porque antes da criação não havia tempo; Deus criou o tempo e ele não é o movimento dos corpos nem dos astros, e sim da extensão da alma. Ele explica isso com o exemplo da música, já que ele escreveu um livro sobre o tema. Quando começamos a cantar uma música, o nosso corpo começa a soar e vibra; depois acaba e vem o silêncio. Ora, o tempo não podia ser medido antes de começar a soar porque era uma coisa futura. Quando cantávamos, também o tempo não podia ser medido, porque vinha e passava, e quando parávamos, a música já era passado. Passado e futuro não existem, mas apenas o presente, que, no entanto logo se torna passado. Deus está na nossa memória a partir do momento em que o conhecemos e passamos a desejar que não o esqueçamos. A memória é algo de fantástico que existe na mente humana. Como explicar que a memória se lembre daquilo que lembra ter esquecido? Como poder-se-ia explicar que todos os homens desejem à felicidade mesmo que nunca a tenham experimentado, pelo menos não nesse mundo? Agostinho explica que pela memória que temos da felicidade dos outros que vem pelos nossos sentidos é que passamos a desejar a felicidade. Nesse ponto, podemos questionar o quanto o conceito da anamnese platônica teria influenciado Agostinho? Alguns pensam que ele acreditava na preexistência da alma; outros negam que ele tivesse seguido os neoplatônicos nessa questão. Na minha opinião, Santo Agostinho negava a preexistência da alma porque isso praticamente implicava a noção do corpo como prisão da alma, o que ele via como repugnante. Já no fim do livro, o santo diz que onde há desordem reina a agitação; e na ordem reina a paz. Esse é a base futura para a sua afirmação de que a paz é a tranquilidade

Relacionados

  • O que é Filosofar?
    1101 palavras | 5 páginas
  • Por que filosofar?
    501 palavras | 3 páginas
  • Filosofar
    614 palavras | 3 páginas
  • filosofar
    480 palavras | 2 páginas
  • O que é filosofar
    401 palavras | 2 páginas
  • Filosofar
    600 palavras | 3 páginas
  • filosofar
    328 palavras | 2 páginas
  • O que é filosofar
    846 palavras | 4 páginas
  • o que é filosofar
    582 palavras | 3 páginas
  • Filosofar
    370 palavras | 2 páginas