filosofa
(Elisabeth Simoni Fabro - CRTE - CETEPAR - Curitiba-Pr.)
Muitas vezes sentimos indignação diante da injustiça, assim como também sentimos responsabilidade quando ficamos sabendo sobre a pobreza ou a miséria e então participamos de campanhas, colaboramos em situações de precariedade num ato de solidariedade.
Outras vezes levados por algum impulso incontrolável como a emoção ou o medo, fazemos coisas que nos trazem arrependimentos, remorso, culpa ou vergonha; estes sentimentos traduzem o nosso senso moral.
Diante do cinismo dos mentirosos, dos que usam outras pessoas como instrumentos para seus interesses e para conseguirem vantagens à custa da boa-fé dos outros, ficamos indignados e sentimos cólera.
Se vivemos situações de angústia e de aflição, ou sabemos de pessoas que também sofrem desse mal, como por exemplo a questão do desemprego ou das irregularidades no ambiente de trabalho. Situações que enfrentamos que nos fazem manifestar nosso senso moral. As mais dramáticas ou menos dramáticas - surgem e nos trazem dúvidas quanto à decisão a tomar; não só exprimem nosso senso moral, mas também põem à prova nossa consciência moral, pois exigem decisões sobre o que fazer, justificativa para nossos atos, não só para acomodar a nossa consciência, mas também porque devemos assumir as conseqüência da decisão que tomamos, dos atos que praticamos e das proporções que estes possam alcançar em relação aos outros. Essa postura demonstra responsabilidade na nossa opção.
Assim podemos entender que o senso moral e a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade e generosidade).
Embora o conteúdo dos valores variem, podemos perceber que os sentimentos e as ações nascidos de uma opção entre o bom e o mal ou entre o bem e o mal estão referidos a algo mais profundo e isto significa que o nosso desejo de afastar a dor e o sofrimento e de alcançar a felicidade, seja por ficarmos tranqüilos com