Filogenia
Noções de Sistemática Filogenética
As duas principais escolas de classificação baseadas em princípios evolutivos são: a Evolutiva (mais tradicional) e a Filogenética ou Cladística. Essa última começou a ganhar a preferência dos pesquisadores a partir de 1966.
Para a Cladística, a escola tradicional (Evolutiva) falha por não ter um método adequado para testar hipóteses.
A Cladística testa suas hipóteses analisando, entre outros, caracteres anatômicos, fisiológicos, comportamentais e moleculares. Esses dados são jogados em programas especiais de computadores que tentam definir as relações evolutivas entre os organismos.
Quando as duas escolas são comparadas pode ocorrer algumas divergências. Um bom exemplo é o dos répteis. Para a escola Evolutiva esse grupo é classificado como classe, no entanto, o grupo dos répteis não é aceito pela Cladística. Isso acontece porque a Cladística somente considera como grupo válido aquele que os representantes são formados por um único grupo ancestral comum e exclusivo. É bem aceito no meio científico que as aves surgiram a partir de grupos de dinossauros, ou seja, que aves e répteis foram formados pelo mesmo ancestral. Para muitos estudiosos da Cladística para que répteis passasse a ser um grupo válido as aves deveriam fazer parte desse grupo.
É importante enfatizar que a Cladística se baseia em dois principios: a cladogênese e a anagênese. O primeiro compreende os processos responsáveis pela ruptura da coesão original em uma população, gerando duas ou mais populações que não trocam mais genes. O segundo os processos pelos quais um caráter surge ou se modifica em uma população ao longo do tempo, sendo responsáveis pelas “novidades evolutivas”, e pela fixação dessas novidades nas populações.
Analisemos o seguinte exemplo: uma população que vive em uma planície e que, por algum motivo, é separada em duas por uma barreira geográfica, como, por exemplo, a formação de um rio que impede a comunicação entre as duas partes da