filogenetica
ARTIGOS
ENSINO DE BIOLOGIA EVOLUTIVA UTILIZANDO
A ESTRUTURA CONCEITUAL DA SISTEMÁTICA
FILOGENÉTICA - II
Charles Morphy Dias Santos
Adolfo Ricardo Calor
Hipóteses científicas
No
Brasil, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002) para o Ensino Médio sugerem que os conteúdos das aulas de biologia sejam tratados como tópicos trans-disciplinares fundamentados em explicações ecológicas e evolutivas. É clara a necessidade de se apresentar as disciplinas de ciências em um contexto histórico-filosófico, possibilitando aos estudantes um primeiro contato com as particularidades da produção desse tipo de conhecimento.
O uso da abordagem filogenética nas escolas está de acordo com as orientações dos PCN, uma vez que ela abrange todos os aspectos do ensino de biologia por meio da teoria evolutiva e os apresenta conectados à história do desenvolvimento científico, à filosofia e à prática da ciência.
Geralmente, o ensino de ciências é deficiente na exposição dos critérios de avaliação das teorias científicas e não estimula perguntas a respeito de como as hipóteses foram criadas, se há teorias alternativas, se existem muitas (ou poucas) questões ainda a serem respondidas etc. Não obstante, trabalhar com idéias conflitantes, com critérios
delimitados para a escolha e descarte de conjecturas e com a idéia de que a ciência é um campo aberto, são formas de introduzir os alunos ao mundo científico e de fornecer-lhes ferramentas para melhor compreender a realidade que os cerca.
Dessa forma, o ensino de biologia passa a ser encarado como um exercício constante de avaliação e discernimento de hipóteses científicas.
Como qualquer idéia nas ciências, os cladogramas são hipóteses sobre as relações filogenéticas entre entidades biológicas e podem ser considerados mais ou menos confiáveis (com maior ou menor poder explanatório) quando comparados à conjecturas baseadas em