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O problema é que, ao emular uma narrativa à moda antiga, Spielberg acabou por fazer um filme por vezes maçante. O grau de pieguice, esperado vindo de uma obra do diretor distribuída pela Disney sobre um cavalo, até que é pequeno. Fica a impressão de que o cineasta se conteve para não transformar seu trabalho num melodrama choroso. Ou então gostaria de ter feito e foi mal sucedido, pois nem a trilha sonora um tanto apelativa de John Williams ajuda a provocar lágrimas.
A primeira parte de CAVALO DE GUERRA é interessante, mas o rapaz que se vê como dono do cavalo chega a incomodar com tanto “amor” pelo animal. O filme melhora quando o cavalo é vendido para um oficial inglês para ser usado numa batalha contra os alemães na Primeira Guerra Mundial. A partir de então, vamos conhecendo as pessoas que entram em contato com o cavalo, a exemplo do que também acontece em A GRANDE TESTEMUNHA, de Robert Bresson. Sendo que no filme de Bresson, há um jumento. Entre os destaques do filme de Spielberg está a garotinha francesa (a estreante Celine Buckens), que contribui não só com a beleza e a graça, mas também com alguns momentos engraçados.
Aliás, um dos méritos de CAVALO DE GUERRA é também ter algumas tiradas divertidas, como a sequência da bandeira branca nas trincheiras, com um espirituoso diálogo entre um soldado inglês e um alemão. O que chega a incomodar um pouco é o fato de que todo