Filme
Germinal, filme produzido em 1993, dirigido por Claude Berri, foi baseado no Romance de Émile Zola, um escritor Naturalista, utilizando como cenário uma pequena vila de trabalhadores, na França do século XIX, tendo por característica o processo de produção de trabalho do modelo capitalista, dentro de minas de carvão, retratando de forma deplorável as condições do ambiente, de convivência e de trabalho de toda uma comunidade. Tal situação desencadeia questionamentos acerca do direito natural, social, psicológico, bem como dos trabalhadores, incluindo o direito da mulher e do menor.
Com o início do filme aparece um senhor denominado Etienne, contestador e revolucionário, o qual se surpreende com o processo de produção da mina, com as precariedades das condições de trabalho, miséria, exploração, grande desigualdade social e baixos salários. Apesar de ciente de toda problemática que acerca aquele local, o referido rapaz aceita trabalhar, levando em consideração sua posição profissional, que no momento, era de desempregado.
Por sua natureza intelectual e socialista, Etienne conquista a confiança dos trabalhadores da mina e os incita contra seus patrões, provocando no proletariado uma revolta contra seu meio natural, desencadeando, posteriormente, uma luta de classes no sentido Marxista do termo. Esta situação apesar de turbulenta serviu para mostrar aos danos das minas que ainda havia a possibilidade de mudanças.
O que se vê neste filme é a violação escancarada do direito natural do ser humano, ou seja, os princípios fundamentais de proteção ao homem, a fim de que se obtenha um ordenamento jurídico substancialmente justo. Direito este que é espontâneo e se origina da própria natureza social do homem, isto é, direito a vida, à liberdade e condições humanas de sobrevivência, o que não vê, em momento algum, nas apresentações dos personagens constantes do filme.
Frise-se que os arts. 5º e 6º da Constituição Federal, caem como uma