Filme "A Onda"

O filme “A Onda”, versão de origem alemã (2008), aborda temas como o poder e suas finalidades, como por exemplo, o controle de massas e sua capacidade de manipulação. A história, baseada em fatos reais(ocorridos em 1967 na Califórnia, EUA) nos leva a uma análise de um movimento parecido com um dos regimes mais rígidos autoritários e devastadores que a humanidade já presenciou: o nazismo/fascismo. Porém, o filme traz consigo uma visão, um ponto de vista pouco comum, ele demonstra o regime totalitário a partir de sua formação, evidencia como tal regime pôde se instaurar, ser seguido por milhões e o que os desvios desse poder podem acarretar. Guardadas as devidas proporções, o longa-metragem demonstra muito bem a fragilidade ideológica e comportamental humana. Surge como propósito de uma aula, a criação de uma espécie de ceita, com diversas normas a serem cumpridas, que deveria ser seguida pelos alunos. Tal inciativa deixa clara a necessidade por uma liderança, a carência por um guia, que sempre estiveram intrínsecas no ser humano. À medida que o movimento cresce, tendo o professor como líder, o controle começa a se perder e a ganância adquirida pelo tal líder o torna cego para perceber o quão graves as consequências daquele ato podem ser. O movimento perde o seu caráter “escolar” e ganha adeptos por toda cidade, ocasionando embates político-ideológicos e até mesmo confrontos armados, atos de vandalismo e exclusão social por parte de seus membros. Os membros da “onda” ficam cada vez mais fanáticos por sua doutrina, e o professor corrompido por tamanho poder, necessita de um conselho de uma pessoa que não pertencia ao movimento, de uma visão “estrangeira”, para perceber que o objetivo inicial já havia se perdido há muito tempo. A proporção do ato era tão grande que as pessoas já se comportavam como meros escravos, como se tivessem sofrido uma espécie de “lavagem cerebral”, de um pensamento que havia partido de uma só pessoa e praticamente sido imposto a