filme psicopata americano
Heloisa Momente da Costa
Resenha: Psicopata Americano
DESIGN DE MODA
Araraquara
2015
Patrick Bateman é um yuppie que trabalha numa empresa na Wall Street. Totalmente vaidoso, ele cuida da pele, do corpo, faz exercícios é o que hoje chamamos de metrossexual. Ele, porém, não se sente nem um pouco confortável com concorrências, quaisquer que sejam e, no fundo, é frio o suficiente para sentir vontade de matar sem remoer qualquer sentimento por causa desse pensamento. Vivendo um relacionamento distante com sua noiva e pensando que as pessoas não o cultuam o suficiente, Patrick começa a matar para satisfazer o seu desejo compulsivo. Um amigo, prostitutas, mendigos e até mesmo a secretária são vítimas em potencial. Ele deseja apenas se livrar, de alguma forma, do marasmo vivido no cotidiano.
As cenas de violência possuem requintes de crueldade. Mas não me refiro a torturas ou terror psicológico, e sim aos trejeitos de Patrick. Quem começaria uma cena de assassinato perguntando “Você gosta da banda Huey Lewis & the News?” Monólogos acerca da trajetória de bandas e cantores são o assunto preferido do protagonista antes de acabar com suas vítimas. Claro, isso depois de as deixarem bem à vontade e de ter servido seu mais caro champagne. E aqui entra a parte da “comédia”. Tudo o que Patrick faz é matar por prazer, cultuar o seu corpo e surtar. Ele é tão insano que de vez em quando ele solta umas pérolas que, de tão inusitadas, ficaram marcadas como bordões do personagem e são citadas como recurso humorístico entre os que gostaram do filme. “Não toque no relógio! e “Sabrina, não fique apenas olhando, coma.” com certeza são exemplos memoráveis. Dentre todas as características do personagem, a que fica mais óbvia é a adoração de si mesmo. De maneira muito narcisista, Bateman chega ao cúmulo de transar olhando a si mesmo no espelho enquanto faz poses. O seu egocentrismo está bem visível também, mas de maneira muito