filariose bancroft
Descrição
A Filariose causada pela Wuchereria bancrofti se manifesta clinicamente no homem sob várias formas. Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou não detecção de microfilárias no sangue periférico; outros podem apresentar febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite, cefaleia, linfadenite e linfangite retrógrada, com ou sem microfilaremia. Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quilúria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em geral, a densidade de microfilária no sangue é muito pequena ou mesmo não detectável. Descrevem-se, ainda, casos de eosinofilia pulmonar tropical, síndrome que se manifesta por crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica e ligeira febre recorrente, cujo leucograma registra importante eosinofilia. Nesses casos, o exame dos tecidos mostra microfilárias em processo de degeneração, não encontradas no sangue periférico (filaríase oculta). Sinonímia
Filariose, filaríase de Bancrofti, elefantíase. Agente Etiológico
Wuchereria bancrofti, nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados. Reservatório
O homem. Modo de Transmissão
Pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes (L3). No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal transmissor. Em geral, as microfilárias tem periodicidade para circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre as 23h e 1h. Período de Incubação
Manifestações alérgicas podem aparecer 1 mês após a infecção. As microfilárias, em geral, aparecem no sangue periférico de 6 a 12 meses após a infecção com as larvas infectantes da W. bancrofti. Período de Transmissibilidade
Não se transmite de pessoa a pessoa. O ciclo ocorre quando um inseto transmissor pica um homem infectado com microfilaremia e a transmite a outro individuo, após maturação das microfilárias no