FILARIOSE c
Fortaleza, 21 de maio de 2015
1. Introdução
A descoberta de Patrick Manson de que mosquitos transmitiam a filariose representa o nascimento da Entomologia Médica e o marco mais importante da Medicina Tropical. Em 1877, Joseph Bancroft descobriu um verme ao examinar o fluido de um paciente com um abcesso no braço, uma complicação rara da doença. Enviou este material para o mais influente helmintologista médico, Stephen Cobbold, que o chamou de Filaria bancrofti. Em seguida, Bancroft detectou mais vermes em uma hidrocele. No mesmo ano, Silva Lima e dos Santos publicaram seus relatos de suas descobertas de vermes adultos. Em 1880, Manson encontrou vermes adultos em tecidos removidos cirurgicamente. Foi somente em 1921 que o nome Wuchereria bancrofti foi aceito. A filariose é causada por vermes que parasitam os vasos linfáticos do homem. No Brasil, ela é ocasionada por helmintos da espécie Onchocerca volvulus, Mansonella ozzardi, e principalmente, por Wuchereria bancrofti. De acordo com a OMS, em mais 82 países é causada por outras 6 espécies. Essa enfermidade é endêmica em várias regiões de muita pobreza e com clima tropical ou subtropical. É também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto dos membros afetados do paciente (aspecto de elefante). Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, sendo no Brasil, o Culex quinquefasciatus o principal transmissor. Estima-se que seja mais de 120 milhões o número de indivíduos parasitados, destes, aproximadamente 112 milhões são portadores de W. bancrofti.
2. Filariose
2.1 Morfologia
A filariose ou elefantíase é a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles,