Filamentos intermédios
Os Filamentos intermédios (IF) são um grande sistema de filamentos que constituem um importante componente do citoesqueleto, sendo assim expressos diferencialmente em vários tecidos do corpo. Têm este nome devido ao seu diâmetro de cerca de 10 nm, que é intermédio entre o dos microtúbulos e o dos microfilamentos. Os filamentos intermédios estendem-se por todo o citoplasma bem como que revestem o interior do involucro nuclear das células animais em interfase. As proteínas de filamento intermédio apresentam um domínio central em hélice α com aproximadamente 310 aminoácidos (350 em lâminas nucleares). Têm ainda duas porções globulares em ambas as extremidades: um grupo amina: “N-terminal” (“head”) e um grupo Carboxilo: “C-terminal” (“tail”) que são muito variáveis em tamanho e em sequência de proteína para proteína.
A primeira fase dos filamentos intermedios é a formação de dimeros em que os domínios centrais da haste de duas cadeias polipeptídicas são enrolados em torno um do outro numa estrutura em espiral. Estes, então, associam-se de forma a fazer tetrâmeros, onde os dois dímeros estão em direções opostas. Os tetrâmeros estão dispostos de ponta a ponta formando protofilamentos longos. Quatro protofilamentos associam-se em protofibrilas, e do agrupamento quatro protofibrilas resulta o filamento de 10 nm. Assim, um filamento intermedio tem 16 protofilamentos.
Fig.1 –Estrutura dos filamentos intermédios
CONSTITUIÇÃO
Foram identificadas mais de 65 diferentes proteínas de filamento intermedio e classificadas em cinco grupos com base nas semelhanças entre as suas sequências de aminoácidos. Temos então: Tipos I e II- consistem em dois grupos de queratinas, sendo que o tipo I é constituído por citoqueratinas ácidas e o tipo II por citoqueratinas básicas/neutras, sendo que ambas são expressas em células epiteliais. Alguns tipos I e II de queratinas (queratinas duras) são utilizados para a produção de estruturas como cabelo, unhas e