Filamentos intermediários
Os filamentos intermediários (FIs) compõem um sistema de estruturas filamentosas, no citoplasma e núcleo de células eucarióticas, diferente dos microfilamentos de actina, dos microtúbulos, que são constituintes do citoesqueleto das células de quase todos os vertebrados. Por possuírem o diâmetro entre sete e 11 nm foram denominados filamentos intermediários, isto é,entre os microtúbulos (20-25 nm) e os microfilamentos de actina (5-6 nm). São extremamente insolúveis, de composição proteica, completamente diferente da encontrada nos microfilamentos e nos microtúbulos, e formam uma rede estrutural que conecta as membranas celulares, organelas citoplasmáticas e o núcleo1. Os primeiros relatos, encontrados na literatura, definiam cinco tipos de FIs nas células dos vertebrados2, distribuídos nos tecidos da seguinte maneira: citoqueratinas (tecido epitelial), vimentina (tecido mesenquimal), desmina (tecido muscular), proteína glial fibrilarácida (astrócitos), neurofilamentos (neurônios). Atualmente, os FIs se encontram agrupados em 6 subclasses distintas (Tabela I), e segundo3, mais de uma classe de FIs pode ser encontrada nas mesmas células e o mesmo filamento pode conter mais de um tipo de subunidade protéica2. Estas variações se tornam evidentes quando a composição de um determinado filamento intermediário é examinada em diferentes tipos celulares ou em diferentes estágios de diferenciação de um tipo celular, o que poderia acrescentar à definição de FIs o fato da expressão e a função dos mesmos ser regulada pelo estágio de desenvolvimento da célula. Os FIs possuem regiões com sequencias que definem o domínio alfa-helicoidal arranjado em forma de mola e responsável pela morfologia semelhante entre todos os FIs.4 propôs uma estrutura comum para as proteínas dos FIs que consiste de dois domínios homólogos em alfa-hélice que são separados e se estendem por cinco domínios variáveis globulares, o que explicaria a semelhança estrutural e a diversidade química e