Figuras de linguagem
Essas normas, estabelecidas pelo uso das pessoas de prestígio e explicitadas pela Gramática, estão sujeitas ao que a própria Gramática chama de “desvios”, podendo ocorrer pelo desconhecimento que o falante tem das normas. Isso a Gramática considera como “erro linguístico” ou “vício de linguagem”.
Entretanto, há quem use esse suposto desvio de maneira intencional. Ou seja, o falante conhece as regras da Gramática, mas desvia-se delas com o intuito de imprimir expressividade ao seu discurso. A esse recurso denominamos figuras de linguagem.
O ramo da Linguística que estuda essa expressividade é a Estilística. Leo Spitzer, linguista, define como seu objeto de estudo “a organização verbal da obra literária e o modo como o escritor usa a língua para realizar uma obra de arte”.
As figuras de linguagem são divididas em três tipos pela Gramática:
1. Figuras de palavras ou tropos – ocorre quando um vocábulo adquire um significado novo, diferente daquele comumente conhecido.
2. Figuras de construção – ocorre quando a lógica da organização frasal é alterada.
3. Figuras de pensamento – ocorre no campo das idéias, imprimindo um sentido novo àquele convencional.
Em outras palavras, figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste no emprego de palavras ou expressões no sentido figurado, isto é, assumem um sentido diferente daquele em que são normalmente