Fichamento
Referência:
EAGLETON, Terry. Cultura e natureza. In: EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. Tradução de Sandra Castello Branco, revisão; Cezar Mostari. São Paulo: Editora- Unesp, 2005. p.127-158
[...] Os significados podem moldar respostas físicas, mas são limitados por elas também. As glândulas supra-renais dos pobres são geralmente maiores do que as dos ricos, já que os pobres sofrem maior estresse, mas a pobreza não é capaz de criar glândulas supra-renais onde elas não existem. Tal é a dialética da natureza e da cultura. (EAGLETON, Terry, 2005, p.127).
[...] a natureza tem sobre a cultura a vitória final, costumeiramente conhecida por morte.[...]. Ela é parte da natureza [...] estruturas e processos materiais que são independentes da atividade humana [...], cujas forças e poderes causais são a condição necessária de toda prática humana. (EAGLETON, Terry, 2005, p.128).
Contudo, a pura realidade do corpo [...], é também um escândalo para o sonho americano de autocriação.[...] a única lição tanto da Historia como da antropologia é a nossa extraordinária maleabilidade.( EAGLETON, Terry, 2005,p.128-129).
A fixação americana pelo corpo é uma mistura curiosa de hedonismo e puritanismo [...] o hedonismo é a idéia de que um puritano indignado tem de divertimento. (EAGLETON, Terry, 2005, p.129)
Talvez seja por isso que os estudos culturais norte-americanos sejam tão fascinados pelo carnavalesco, cujo corpo estirado e licencioso representa tudo que o totalmente abotoado corpo puritano não é. E se o corpo precisa ser purgado de suas impurezas, assim também a linguagem, naquele fetichismo do discurso conhecido como politicamente correto. [...] Há pouco terreno intermediário no discurso americano entre o formal e o coloquial, entre o jargão barroco da academia e a vivacidade grosseira da linguagem comum. (EAGLETON, Terry, 2005, p.130-131).
[...] não se pode absolutamente falar de uma dialética entre Natureza e cultura, já que a natureza é de qualquer