Fichamento

Seminário

Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, relacionados ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido. Podem haver até mesmo várias morais, cada uma relacionada aos valores de uma casta ou uma classe social. Mas a existência da moral não significa a existência de uma ética, entendida como filosofia moral, uma reflexão que discuta e interprete os valores morais. No Ocidente, a ética se inicia com Sócrates. Sócrates indagava: O que é a coragem? O que é a justiça? O que é a piedade? O que é a amizade? E indagava e questionava. Essas perguntas socráticas revelavam que não se pensava e sim se repetia o que foi ensinado. Nossas condutas, ações e comportamentos são modelados pelas condições nas quais vivemos. A indagação ética socrática dirige-se à sociedade e ao indivíduo. As questões socráticas inauguram a ética (ou filosofia moral) porque encontra como seu ponto de partida a consciência do agente moral. É sujeito ético moral aquele que sabe o que faz, conhece as causas e fins de sua ação. Aristóteles fez a distinção entre saber teorético e saber prático. O saber teorético é o conhecimento de seres e fatos que existem e agem independente de nós, sem nossa intervenção ou interferência. É o tipo de saber que temos da Natureza. Saber prático é o existe como consequência da nossa ação. Depende de nós. A Ética é um saber prático. Aristóteles também define o campo das ações éticas. Não são só definidas pela virtude, pelo bem e pela obrigação mas também pela deliberação e decisão ou escolha. Não deliberamos nem decidimos pelo que é regido pela Natureza. Deliberamos e decidimos sobre o possível e que depende de nossa vontade e de nossa ação. Aristóteles acrescenta à consciência moral, trazida por Sócrates, a vontade guiada pela razão como mais um elemento fundamental da vida ética. Aristóteles deu importância à vontade racional, à deliberação e à escolha que levou a considerar uma virtude como condição de todas as outras e presente