fichamento
Os cursos de medicina veem sofrendo mudanças nos últimos anos, dentre elas, a integração de disciplinas, ampliação do cenário de prática e inserção dos alunos nele desde o início do curso, inserção das disciplinas relacionadas a ética, bioética e humanidades. Mesmo após o incentivo de mudanças nos currículos tradicionais há uma dificuldade para diminuir o distanciamento ensino-serviço-comunidade e também formar profissionais mais críticos-reflexivos, humanísticos. Os autores nos trazem interferências nesse processo de formação que são: os ensinos anteriores ao superior são mal sucedidos em relação aos aspectos humanísticos, éticos, bioéticos e de cidadania; enfoque biológico durante o curso de medicina; dilema das universidades entre as exigências do mercado ou a atenção à uma educação emancipadora e humanizada; foco no modelo disciplinar; limitação dos docentes/médicos com os novos modos de pensar e agir na formação didático-pedagógica.
O texto traz alternativas baseadas em Paulo Freire para que essas mudanças ocorram. Acredita-se que ao incluir uma proposta mais dinamizadora na potência criativa humana, fazendo-nos ter experiências de ação-reflexão, junto à formação humanística tragam como resultado a busca da libertação dos homens. Mas essa proposta para ser real dependerá das vivências durante o processo de educação, assim precisamos fomentar um ambiente humanizado durante a graduação.
Os autores não acreditam que apenas a metodologia ABP traga mudanças no discente, a concepção bancária não está vinculada apenas ao depósito de conteúdos em uma aula expositiva, mas também ao direcionamento desses conteúdos durante uma situação-problema.
Paulo Freire traz a ação libertadora como uma prática em que o educando e o educador, não apenas um ou outros, juntos, a partir da reflexão e a ação, se