Fichamento
Nota-se, no texto, nós, os humanos verdadeiros, da professora Eliana Brum que é escritora e documentarista, que a sociedade brasileira tem visto certos atos de pessoas que se denominam “justiceiros” atuando em nome de uma justiça pessoal e não estatal ou institucionalizada, cometendo atos extremos com objetivo de punir pessoas que em tese teriam cometido crimes. Ressalta-se no texto que o fato de acorrentar um adolescente negro a um poste em via pública, demonstra que a sociedade brasileira ainda não conseguiu superar as marcas da escravatura que nos remetem ao período colonial.
Seguindo o argumento que o estado é fraco e a justiça é falha, os que se dizem justiceiros e parte da sociedade que concordam com essas atrocidades, se colocam na posição de pessoas de “bem”. A professora Brum, escrevendo de maneira muito inteligente, faz uma critica as pessoas de “bem” que utilizando o discurso de que o estado é frágil, a justiça falha e a policia é desmoralizada, legitimam as ações dos justiceiros em acorrentar um jovem negro, nu, em poste em via pública e agredir pessoas que teriam cometidos crimes, sem antes serem devidamente condenadas por um processo legal.
No texto, a professora Brum, aponta os jornalistas falsos e os verdadeiros, os falsos tendem a passar as informações do cotidiano em forma de pesquisa e investigação dos fatos que ocorrem na realidade, porém ao passar as informações lançam aos espectadores pareceres em forma de um turbilhão de fatos que se tornam um amontoado de palavras para emitir uma opinião do jornalismo. Já os jornalistas verdadeiros entendem as realidades dos fatos a partir de suas convicções, diante disso, se acham no direito de estabelecer os seus limites e expressam suas verdades absolutas de acordo com suas opiniões.
A autora do texto faz uma reflexão sobre a discussão do ódio para garantir e diferenciar a inocência, demonstrando que essa distinção pode asseverar a realidade de que os falsos são melhores, ou seja, os falsos