fichamento
Kurt Levin, um psicólogo alemão, judeu, exilado nos Estados Unidos, elaborou uma teoria a respeito dos grupos: os grupos têm uma certa dinâmica que, sendo trabalhada, poderia oferecer resultados práticos no tratamento psicológico. A coisa funcionou e esta prática de psicologia de grupos passou a ser utilizada em várias áreas de atividade: acampamento de jovens, Centros Comunitários, recuperação de delinqüentes juvenis, etc.
As assistentes sociais começaram então p. 24 trabalhar também com grupos e, em 1934, se inicia dentro do Serviço Social um movimento que tem por finalidade definir a técnica e os objetivos deste método de trabalho. Pouco a pouco, a prática profissional exercida dentro dos grupos é aceita como um dos métodos e forma básica através da qual o Serviço Social atua.
A assistente social podia, em determinadas instituições, montar os grupos por tipo de problema comum apresentado: grupo de jovens que querem fazer recreação, senhoras que querem ajudar os favelados de uma região, ou então ser solicitada por algum grupo local para dar a orientação técnica necessária ao bom funcionamento destes grupos. O problema a ser tratado pela assistente social tanto podia ser do grupo como exterior a ele.
Foi em 1935 que Gisella Konopka, uma assistente Social americana, escreveu um dos clássicos do Serviço Social de Grupo, onde fala muito da necessidade de se encontrar formas de vencer a solidão dos grandes centros urbanos e criar laços de amizade e ajuda mútua entre as pessoas. Nesta época, as pessoas também p. 25 sentiam na pele que a competição na sociedade capitalista não era brinquedo.