fichamento
DEL RIO,Vicente; GALLO, Haroldo. O legado do urbanismo moderno no Brasil. Paradigma realizado ou projeto inacabado? Arquitextos 006, novembro 2000, Texto Especial 023: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp023.asp
1. Introdução: o movimento moderno no Brasil.
O movimento moderno na arquitetura e no urbanismo no Brasil foi mais emblemático que em outros países, deixando-nos um legado bastante significativo. Na década de vinte, o período em que a base ideológica do movimento emerge, a estrutura se fundamenta nas experiências europeias do entre-guerras, e é no Estado Novo que ganha corpo e consistência ganhando densidade e volume, até seu clímax com a construção de Brasília. Também pode-se notar expresso no Brasil o ideário modernista internacional, numa vontade de construir uma sociedade igualitária, tem-se o lastro político do Novo Estado, transformando um país de caráter majoritariamente rural para um caráter majoritariamente urbano.Nesse ideário de transformação apoiado inevitavelmente nas expressões urbanísticas, realizadas tardiamente quando comparadas as expressões arquitetônicas.
2. Expressões urbanísticas e modelos: desenvolvimento histórico décadas 30-60.
Como classificou Choay, os modelos que persistia nos anos trinta e quarenta em questão aos modelos urbanísticos adotados no Brasil eram os chamados culturalistas e proguessistas, os quais se tornaram hegemônicos tendo Lúcio Costa como seu maior representante. Em sua maioria os projetos culturalistas, na particularidade dos voltados as classes mais altas, possuíam uma baixa densidade, a ocupação dos lotes se dava em meio a espaços densamente arborizados, suas ruas eram tortuosas adaptadas a topografia. Esses bairros hoje chamados bairros jardins são altamente valorizados, e muitos se encontram protegidos em seu traçado e volumetria como patrimônio histórico. No campo do urbanismo tem se importantes projetos como o conjunto da Pampulha e o Parque do Ibirapuera, no entanto o